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Jamanta

JAMANTAO Artista

Samuel Ruco, conhecido pelo nome artístico "Jamanta", é um escultor moçambicano de grande talento cuja obra explora eventos e temas de grande relevância no contexto social e cultural de Moçambique, sendo reconhecido pelo seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e pela forma como aborda temas sociais através da arte.

Natural de Maputo, Jamanta começou, desde cedo, a explorar o mundo das artes plásticas, desenvolvendo uma íntima ligação com os materiais reciclados, designadamente alumínio e sobras de madeira, que utiliza habilmente nas suas esculturas e instalações. Estes materiais, aparentemente sem valor, ganham uma nova vida nas mãos do artista, que os transforma em peças de grande impacto visual e emocional, criando, assim, peças de grande efeito estético e narrativo.

A obra de Jamanta celebra e questiona o quotidiano moçambicano, abordando eventos sociais marcantes, tradições culturais e momentos de convívio comunitário, frequentemente ligados a celebrações e danças. A dança, em particular, é um tema recorrente no seu trabalho, simbolizando a união, a alegria e a resiliência do povo moçambicano. Estas representações, estilizadas e ricas em movimento, capturam a essência da cultura local, enquanto sublinham a importância dos laços comunitários e das expressões culturais no fortalecimento da identidade nacional.

Nas suas obras, o brilho do alumínio artisticamente plasmado em desenhos que emergem da negritude das superfícies das esculturas pintadas de preto, contrasta com as texturas naturais das madeiras que constituiem as bases que suportam as peças, criando um equilíbrio estético que reflecte a dualidade entre modernidade e tradição. As bases das esculturas de Jamanta, feitas de sobras de madeiras exóticas recuperadas, são concebidas com atenção minuciosa aos detalhes, criando um diálogo harmonioso entre a rusticidade da madeira e o brilho metálico do alumínio. Este contraste não só reflecte a interação entre o tradicional e o contemporâneo, mas também reforça a mensagem de sustentabilidade que emerge da sua obra.

As figuras humanas estilizadas presentes nas suas peças capturam o movimento e as emoções, especialmente no contexto da dança, que Jamanta utiliza como símbolo de união e resistência. Já as suas instalações, muitas vezes de maior escala, convidam o público a interagir e a reflectir sobre as mensagens subjacentes, transformando a experiência artística num diálogo profundo e colectivo.

Reconhecido no cenário artístico de Moçambique e além-fronteiras, a obra de Jamanta reforça a relevância da arte moçambicana no panorama global, destacando a sua riqueza artística e a relevância cultural no universo das Artes. A sua abordagem, que combina inovação e consciência ambiental, posiciona-o como uma figura incontornável na promoção e valorização da arte sustentável, ao mesmo tempo que as suas criações inspiram e sensibilizam públicos de diversas origens.

Nota: Como base das suas esculturas, Jamanta utiliza habitualmente peças proveniente de sobras de madeiras exóticas como "sândalo" (nome científico: Spirostachys africana), e também "pau preto" (nome científico: Dalbergia melanoxylon), esta última incluída no Apêndice II da Convenção CITES, sendo ambas legalmente obtidas pelo Artista em serrações devidamente licenciadas, e as suas peças legalmente importadas pela Moz'Art - Mozambique Handicraft, Lda.