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Batiks e o "conto do vigário"...

Escrito em 11 de Maio de 2025

Falando sobre Batiks, importa referir que os há de dois tipos, cada um relacionado com a filosofia de criação e comercialização dessas obras por parte dos seus autores.

No primeiro caso, encontram-se os batiks pintados de acordo com os temas tradicionais e habitualmente associados ao nome artístico de cada autor

Sendo certo de que, neste caso, cada uma das obras é pintada pelo artista e sujeita a um determinado tema, como, por exemplo, o tema "Pote" ou "Elefante Mágico", não se pode aqui aplicar o conceito de originalidade, como sucede no caso da pintura clássica a óleo ou acrílico. Isto porque no caso da pintura clássica a óleo e acrílico a própria obra é que define o tema, e, uma vez concluída a pintura, tal obra é única e irrepetível, como é o caso de Pablo Picasso, Paul Gauguin e todos os pintores em geral.
Contudo, no caso de muitos pintores de batik, as coisas não se passam dessa forma, na medida em que - ao contrário do que acima se refere - o tema é que define a obra.
Desta diferença resulta que cada um dos exemplares pintado em batik dentro de um determinado tema apenas é "original" porque esse exemplar é pintado por um artista, não sendo impresso por uma qualquer máquina. Mas a originalidade na pintura batik fica-se por aqui, na medida em que o tema não é original, já foi pintado por um ou mais artistas, que o reinterpretam, cada um com o seu "traço" (estilo).

Por conseguinte, quando algum vendedor afirma que um batik é "original", tal afirmação é, muitas vezes, enganadora.
Sucede é que os artistas que realmente pintam as obras as vendem a quem lhas quiser comprar, e, por vezes, aparecem alguns "artistas" que, sem o ser, também compram obras aos aludidos verdadeiros artistas, e depois as anunciam em marketplaces de renome como se eles próprios fossem os autores de tais obras, o que constitui uma fraude.
Esta situação resulta da miserável situação em que vivem muitos artistas por esse mundo fora, alguns dos quais "vendem a alma ao diabo" para poder comprar um pedaço de pão, tal é a calamitosa situação dos contextos emque vivem.

Portanto, um "artista" que anuncia a sua obra sem mostrar a assinatura, é já um forte indício da possibilidade de se tratar de fraude; e ainda que com a assinatura desse "artista", uma obra que se apresente, por exemplo, com o traço de um artista consagrado, mas com outro nome, é falsificação.

Mas estaremos sempre atentos às fraudes, das quais daremos conhecimento público e, também, às autoridades competentes.

Por outro lado, e no segundo caso a que nos queremos referir, paralelamente aos batiks tradicionais decorativos, sempre assinados pelo autor, e, como tal anunciados, o nosso acervo irá, em breve, apresentar obras exclusivas executadas em técnica batik, assinadas e datadas, em ambos os casos, sempre com certificado de autenticidade.

Por isso, quando comprar um batik, tenha a certeza de que sabe a quem o está a comprar...

É que a Arte tem de ser protegida, e, ao proteger a Arte, estamos a proteger os Artistas e a sua propriedade intelectual!