Árvore da Vida by Miguel
SKU: BT-MG-AV-BRSMPRMXH | EAN: BT-MG-AV-BRSMPRMXH
"Árvore da Vida" é um dos mais fascinantes temas plasmados em batik pelo talentoso artista moçambicano Miguel, reconhecido pelas suas criações que exploram temas culturais e simbólicos com profundidade e beleza.
Neste trabalho, Miguel utiliza a figura de uma árvore frondosa, talvez uma mangueira ou mafurreira, para representar a conexão entre a natureza e a espiritualidade, infundindo a árvore com um sentido de encantamento e mistério.
O tema "Árvore da Vida" é executado por Miguel em batiks nos formatos Horizontal e Vertical, com as medidas Maxi, Grande e Médio e fundo branco.
O tema "Árvore da Vida", tratado por Miguel em batik, é uma expressão artística rica em simbolismo, profundamente conectada à cultura e espiritualidade de Moçambique. Esta representação vai além da simples imagem de uma árvore, evocando a interdependência entre a Natureza, os seres humanos e o universo. A "Árvore da Vida" é frequentemente associada à força, à resiliência e ao ciclo contínuo de renovação que caracteriza a vida nas zonas rurais de Moçambique, onde a ligação com a terra e os seus recursos é fundamental para a sobrevivência.
Em Moçambique, a "Árvore da Vida" é carregada de significados espirituais. Para além de proporcionar abrigo, alimento e sombra, as árvores são vistas como seres sagrados, guardiãs de sabedoria ancestral e ligação entre o mundo físico e o mundo espiritual. Muitas tradições orais e mitologias moçambicanas referem-se a árvores que possuem poderes místicos, capazes de proteger as comunidades e de curar males, físicos ou espirituais, frequentemente usadas em rituais e cerimónias, possuindo os seus ramos, folhas e frutos, propriedades simbólicas e curativas.
Nos batiks que retratam a "Árvore da Vida", Miguel captura este misticismo através de formas e cores que evocam a grandiosidade e o mistério da árvore. As copas frondosas, sustentadas por longos ramos que se estendem para o céu podem simbolizar a conexão com o divino, enquanto as raízes profundas representam a ligação com os antepassados, evocando épocas que se perdem na noite do tempo. As cores frequentemente utilizadas são suaves, mas vibrantes e contrastantes, destacando a energia vital que emana da árvore. Muitas dessas obras incorporam elementos que remetem para o misticismo africano, como espíritos guardiões ou seres míticos que habitam as árvores, tornando a "Árvore da Vida" um ponto de intersecção entre o visível e o invisível.
Além da dimensão espiritual, a "Árvore da Vida" tem uma importância prática para as comunidades moçambicanas dada a associação com as árvores reais, muitas das quais proporcionam frutos, sementes e madeira, essenciais para a subsistência das populações rurais. A mafurreira, por exemplo, com seus frutos ricos em óleo, ou o cajueiro, que oferece tanto o fruto quanto a madeira, são fundamentais para a economia local. Contudo, essas árvores não são vistas apenas como recursos naturais, mas como presentes sagrados que devem ser respeitados e protegidos.
Este respeito pela natureza é uma parte intrínseca da vida em Moçambique, e a "Árvore da Vida", retratada em batique, reforça a importância da preservação ambiental e das tradições espirituais a ela associadas. Os aspectos místicos da árvore tornam-na uma figura central em muitos rituais de fertilidade e cura, e as comunidades acreditam que cortar uma dessas árvores sem permissão ou propósito pode atrair má sorte ou a ira dos espíritos. Assim, a "Árvore da Vida" é também um símbolo de equilíbrio e harmonia com a Natureza, um lembrete da necessidade de cuidar do meio ambiente para garantir a continuidade da vida.
O batik, como forma de expressão artística, oferece uma plataforma poderosa para transmitir esses significados profundos. Através das suas composições, Miguel não só captura a beleza natural das árvores, mas também o seu papel espiritual e cultural na vida das comunidades moçambicanas. A "Árvore da Vida", retratada em batik, convida à reflexão sobre o ciclo da vida, a interconexão entre todos os seres e a importância de preservar a Natureza como fonte de sustento físico e espiritual.
A tabela abaixo informa os diversos Tamanhos, Formatos e Medidas com que, tradicionalmente, os artistas executam os batiques, sendo que as medidas apresentadas são aproximadas e meramente indicativas, dado tratar-se de obras com carácter artesanal.
TAMANHO
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Formato Horizontal (A) Altura - até: |
Formato Horizontal (L) Largura - até: |
Formato Ve cmrtical (A) Altura - até: |
Formato Vertical (L) Largura - até: |
MAXI | 90 cm | 120 cm | 120 cm | 90 cm |
GRANDE | 75 cm | 100 cm | 100 cm | 75 cm |
MÉDIO | 50 cm | 75 cm | 75 cm | 50 cm |
QUADRADO | 33 cm | 40 cm | 40 cm | 33 cm |
ESTREITO | n/a | n/a | 60 cm | 20 cm |
1- n/a - não aplicável (o tamanho "Estreito" não é executado pelos artistas no formato horizontal);
2- Estas medidas não se aplicam às obras do artista Rungo, para saber mais consultar a página do artista.
SUGESTÕES PARA EMOLDURAR O SEU BATIK
NOTAS PRÉVIAS
O batik pode ser montado em bastidor sendo este, depois, instalado em moldura de caixa americana ou entre vidros com moldura de caixa normal, devendo o vidro de trás, neste caso, ser vidro normal, e o vidro da frente, vidro anti reflexo.
Antes da montagem, o batik deve ser passado a ferro sem vapor e com temperatura média-baixa. Para o efeito, há que considerar que, devido ao processo de elaboração, o batik se encontra impregnado com cera de velas, o que protege a cor, pelo que, para o passar a ferro, o mesmo deve ser colocado entre duas folhas de papel vegetal ou papel caqui (ou kraft), não devendo o ferro contactar directamente a tela. O batik, que em caso algum deve ser dobrado para não ficar com marcas de vincos, deve ser enrolado entre duas folhas de papel depois de passado a ferro, e emoldurado o mais brevemente possível.
É importante ter em conta que o batik tem as faces do direito e do avesso, pelo que se deve reparar na assinatura do autor (normalmente junto a um dos cantos inferiores), a qual identifica a face do direito do batik, que, no processo de montagem, deve ser colocada virada para a frente, ou seja, para o observador.
A moldura pode ser em madeira pintada, alumínio lacado ou outro material, de acordo com o gosto do Cliente, tal como a sua cor e a forma do seu perfil, sugerindo-se, para um melhor resultado, a opção por uma moldura com perfil rectangular nas cores preto mate, dourado ou prateado.
Para optimizar o aspecto final do conjunto, poderá optar-se pela montagem do batik de acordo com o estilo tradicional, em que o perfil da moldura, em madeira não texturada na cor “preto mate”, se apresenta com secção rectangular.
MONTAGEM EM MOLDURA DE CAIXA AMERICANA
A montagem é feita sem vidro, sendo, talvez, a possibilidade de montagem que mais coloca em evidência a beleza do batik. Deve guardar-se uma distância de até 10 mm entre a face interna da moldura de caixa americana e o limite do bastidor com a tela montada, podendo optar-se por uma de três cores - preto mate, dourado ou prateado ou outras - de acordo com as cores presentes no batik e o gosto pessoal do Cliente, conforme imagem abaixo.
MONTAGEM ENTRE VIDROS
Na imagem abaixo, o espaço branco em torno do batik representa a zona translúcida (permitindo ver a parede) entre o limite exterior do batik e o limite interior da moldura, devendo a largura dessa zona translúcida ser adequada ao tamanho do batique, conforme se sugere na tabela abaixo.
Aspecto de batik colocado em parede branca
Em qualquer caso, o perfil da moldura deve ser adequadamente dimensionado de modo a suportar o peso do conjunto, sugerindo-se, na tabela abaixo, e a título indicativo, medidas do perfil de acordo com os diversos formatos e dimensões de batik.
Notas importantes:
1- Cada batik é uma obra de arte única e irrepetível, pintada com tinta hidro-dispersível pelo que não pode, em caso algum, ser lavado (à mão ou na máquina), molhado, ou limpo a seco, sob pena de danos irreversíveis e irreparáveis. Para manter o óptimo aspecto do seu batik, deve evitar-se a sua exposição à luz directa do sol.
2- Todos os batiks são vendidos pelo preço indicado, sem moldura.
3- Caso pretenda o seu batik emoldurado, contacte o nosso serviço de Apoio ao Cliente, podendo fazê-lo através do número (+351) 922 215 699 (chamada para a rede móvel nacional, ou por email para info@batikart.pt (nota: o serviço de montagem de batiks é executado sob consulta e pré pagamento, estando a modalidade de montagem entre vidros disponível apenas em Portugal).
O Artista
Miguel Cumaio, um dos maiores artistas moçambicanos, é um pintor de batiks muito criativo e eclético, cuja obra é influenciada por uma variedade de razões culturais, pessoais e sociais. Miguel vivencia um forte compromisso com a preservação das tradições culturais e artísticas de Moçambique, e, através da sua arte, ele expressa e afirma a identidade cultural do seu povo, celebrando as ricas tradições, os mitos, lendas e valores da nação moçambicana.
O traço do Mestre Miguel, essencialmente Afro Naturalista com um certo pendor Naïf, permite-lhe explorar a criatividade de maneiras únicas, experimentando cores vibrantes, padrões complexos e técnicas inovadoras. A sua obra é um testemunho da notável capacidade para traduzir emoções, sentimentos e vivências através de formas visualmente impactantes, em que o batik deixa de ser apenas um meio de expressão pessoal, assumindo-se também como uma forma de comunicação com o seu público, transmitindo mensagens profundas e evocativas, como o fazem as célebres “Máscaras” e "Árvore da Vida", temas profusa e magistralmente tratados por esse artista.
Com a sua paixão pela arte, Miguel não só sustenta a sua família, mas, através do seu espírito empreendedor e colaborativo, também contribui para a economia local, partilhando oportunidades com outros artistas, o que evidencia o empreendedorismo como um relevante aspecto da sua personalidade.
O acervo artístico de Miguel evoca a cultura e arte de Moçambique, abordando com intensidade aspectos sociais e humanos, pelo que os seus trabalhos não são apenas peças estéticas, sendo essencialmente instrumentos de afirmação da consciência social do povo de Moçambique.
O processo de criação artística envolve muitas vezes colaboração, partilha de ideias e experiências, algo que Miguel valoriza profundamente pois trabalha com outros artistas e membros da comunidade, fortalecendo laços de amizade e promovendo um sentido de cooperação.
Para Miguel, o envolvimento com a arte é essencial para o seu bem-estar pessoal, projectando-se na profundidade emocional das suas obras, que nascem da motivação para criar constructos gráficos únicos, de beleza e impacto visual que enriquecem ambientes e a vida dos muitos que as apreciam. As suas peças são aclamadas pela sua estética impressionante e pela maestria com que, de forma poderosa, transmitem emoções a que ninguém fica indiferente.
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